O Sonho, Acabou.

--Copa do Mundo--

Joana do Hambúrguer, N.Iguaçú.

Sexta-feira, dois de julho de dois mil e dez. Passa um pouco das cinco e quarenta da tarde. Há um clima, não sei digitar direito, não só no ar, mas também no mar e nas salas e nos quintais e nos bares e nos cinemas e nas praias e nas praças e nas favelas e nas cidades e no interior e na selva...
Não está chovendo, mas parece que está, pois as ruas estão desertas.
Parece que "faltou luz", pois os rádios estão desligados.
Parece que há uma "epidemia de mudez", pois todos estão estranhamente calados.
Parece ser um "super dia de finados", pois estão todos tristes.
Toda aquela coisa de nos juntarmos e irmos pra casa de vizinhos ou de amigos, alegres pra ver e torcer e sorrir e xingar e criticar e comemorar e bebemorar!
As ruas, sim as ruas, quase todas coloridas e alegres e enfeitadas!
Aqueles "feriados" sem ser feriado!
Até quem não gosta, nessa época gosta. Distorce um pouco, admito, mas torce!
Abraçar vários braços. Beijar vários rostos (e bocas). Pelas ruas, pela "lua"!
Começar a comemorar antes de começar. Não terminar depois de acabar!
Pena não termos disso mais vezes. Se não fossem nossos eternos problemas públicos, seria tudo perfeito!
Poxa, nem acabou... que saudade!
Alguém nos acordou ou o despertador tocou? Não importa, temos que levantar, lavar o rosto e encarar a realidade: o sonho acabou!
!!vejo vocês em dois mil e quatorze!!


depois teclamos.
Imagem de: www.flickr.com/photos/comosefazartesanato.