2009 à 2009 Pra Mim... por Gustavo.
Foi um período que ampliou a importância de duas palavras: Tempo e desconfiança. O tempo foi trazido, quase que totalmente para o presente e qualquer dúvida está localizada entre o dedo e o teclado do computador mais próximo. A maior acessibilidade e velocidade da internet dispararam e isso aumentou a ansiedade e também a futilidade do tempo perdido para usá-la. Tudo pode ser visto, baixado ou buscado mas pouco pode ser aprofundado. Muitas informações picadas, a flor da água, mas quase nada realmente representativo e de consistência é proliferado. Youtube, orkut, twitter. Não me eximo de minha parcela, sou mais um tantas vezes a nada aprender ou produzir em horas vagantes no computador. A maior velocidade propicia o maior desperdício. Sinto dificuldade de ler os livros que compro, pois apesar de adorar o passar das páginas, pouco tenho de concentração para ler textos de grande tamanho. Me acostumei a tiros curtos de notinhas informativas.
Menos clichê, mas tão representativo da década quanto o tempo, é a desconfiança. Desconfio de todo alvoroço de espectativas em que criamos aos acontecimentos contemporâneas. Olho sempre com o canto dos olhos e por cima do ombro, as espectativas de grandes mudanças mundiais sobre 11 de setembro, Lula, OBAMA, Encontro em Compenhagen, novo astro da música, novo escândalo e etc. Nada disso parece alterar tanto o curso das coisas assim. Tudo está tão encaminhado que fazemos um carnaval de previsões para nada acontecer depois, senão, uma mísera quarta de cinzas. No contexto mais pessoal ainda, no início de 2000 me via muito mais voltado para a ciência, descobertas do grande mistério que é vida, corpo e adaptações. Hoje me deixo muito mais livre à cultura, à subjetividade, às emoções das palavras. As cores, notas musicais e boas idéias me dizem bem mais do que se o café à noite evita o câncer ou se o agriâo ajuda no sono. Como já disse, tudo parece já ter um percurso que confirmamos ano após ano. Isso não é de todo ruim......
Menos clichê, mas tão representativo da década quanto o tempo, é a desconfiança. Desconfio de todo alvoroço de espectativas em que criamos aos acontecimentos contemporâneas. Olho sempre com o canto dos olhos e por cima do ombro, as espectativas de grandes mudanças mundiais sobre 11 de setembro, Lula, OBAMA, Encontro em Compenhagen, novo astro da música, novo escândalo e etc. Nada disso parece alterar tanto o curso das coisas assim. Tudo está tão encaminhado que fazemos um carnaval de previsões para nada acontecer depois, senão, uma mísera quarta de cinzas. No contexto mais pessoal ainda, no início de 2000 me via muito mais voltado para a ciência, descobertas do grande mistério que é vida, corpo e adaptações. Hoje me deixo muito mais livre à cultura, à subjetividade, às emoções das palavras. As cores, notas musicais e boas idéias me dizem bem mais do que se o café à noite evita o câncer ou se o agriâo ajuda no sono. Como já disse, tudo parece já ter um percurso que confirmamos ano após ano. Isso não é de todo ruim......
Um abraço. Sem mais, por favor.
Escrito por Gustavo.
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