A levantadora Fofão da seleção de volei feminina brasileira teve o desfecho de carreira que merecia. Ela se tornou a maior levantadora da história do nosso voleibol, e quem sabe a maior jogadora desta potência voleibolística. Mas só observamos seu talento ( e me incluo junto dos anteriores desatentos) agora, mas a quanto tempo ela estava ali? A quanto tempo ela viveu a sombra da soberba Fernanda Venturini?
A Fofão sempre foi calada, tímida e discretíssima. Ela é praticamente uma anti-herói. Durante muito tempo endeusamos a Fernanda Venturini, pois era também talentosa, mas atendia requisitos bem vistos pela mídia como: beleza, boa fluência com as palavras e ainda namorou e casou com personalidades do esporte como o ex-levantador Maurício e o técnico Bernardinho. Tudo isso aumentava a visibilidade de Fernanda, e a Fofão sempre ali no banco de reservas. Após a aposentadoria de Venturini, Fofão manteve o nível e enfrentou a transição e renovação das outras jogadoras. Ainda por cima conviveu com as "viúvas" de Fernanda que nunca enxergaram até então a sutileza e delicadeza do talento de Fofão. Se lembram do barraco entre José Roberto Guimarães, Fernanda e Bernardinho? E este ano a Fernnda tentando bancar a boazinha e voltar pra seleção? Apenas Zé Roberto soube observar quem deveria ser prestigiada. Fofão comandou o time, mostrou o seu talento e ainda proporcionou às atacantes excelentes condições para também mostrarem suas potencialidades. Ninguém atualmente cita Fernanda Venturini. Fofão enfim teve seu trabalho reconhecido. E talvez após o título olímpico, 5 olompíadas, ela se torne um grande exemplo de como uma atleta tem que se portar. Comportamento exemplar, liderança sem escândalo e ainda por cima um ego de iniciante. Parabéns a Fofão e ao Zé Roberto por tudo.
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