Não esperava muito de um livro chamado Mar Morto, por isso demorei um tempinho pra começar a lê-lo. Bastaram algumas páginas pra eu perceber que tinha perdido tempo, e que o colunista do jornal tinha toda razão: Jorge realmente é um escritor Amado!
Introdução.
...Agora quero contar as histórias da beira do cais da Bahia. Os velhos marinheiros que remendam velas, os mestres de saveiros, os pretos tatuados, os malandros sabem essas histórias e essas canções. Eu as ouvi nas noites de lua no cais do mercado, nas feiras, nos pequenos portos do Recôncavo, junto aos enormes navios suecos nas pontes de Ilhéus. O povo de Iemanjá tem muito o que contar.
Vinde ouvir essas histórias e essas canções. Vinde ouvir a história de Guma e de Lívia, que é a história da vida e do amor no mar. E se ela não vos parecer bela a culpa não é dos homens rudes que a narram. É que ouvistes da boca de um homem da terra, e, dificilmente, um homem da terra entende o coração dos marinheiros. Mesmo quando esse homem ama essas histórias e essas canções e vai às festas de dona Janaína, mesmo assim ele não reconhece todos os segredos do mar. Pois o mar é mistério que nem os velhos marinheiros entendem.
depois teclamos.
Imagem: google.
Imagem: google.
Um comentário:
Esse negócio de símbolo é o que? Entendi nadinha, mas bora ao Jorge Amado:
Eu que sou uma leitora muito da bagaceira, não me orgulho em dizer que li muito pouco na minha vida... Mas olha só a coincidência, estou lendo Mar Morto. E adorando...
Beijos, Rike.
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