A final do Estadual do Rio foi emocionante. Maraca belo e cheio, além de uma final cheia de contornos emocionais como merece uma final futebolística. Pararei sobre a partida por aqui, afinal em cada esquina tem um palpiteiro a comentar. Quero observar a peculiaridade da combinação treinador e clube. Ney Franco e Cuca estão em casa, nos clubes que se encontram. Ney Franco com sua serenidade, objetividade e pelo desejo de ser notado pelo trabalho e não pelo que fala, traz ao Botafogo a tranquilidade que o clube precisava. Não se fere com perguntas maliciosas nem transmite ao time qualquer afobação ou medo. O Botafogo foi um time desmontado do ano passado pra cá e rapidamente se reestruturou. Se tivesse ganho ontem, também seria justo. Já Cuca, precisava de um time que em certos momentos o pegasse pela mão junto com a torcida, que o arrastasse da tristeza. Um time que desse um título a ele. Nos momentos tensos, Cuca sempre falhou como técnico, muitas vezes passando ansiedade para os jogadores. Ele é inquieto pela perfeição e apuro tático e muitas vezes isso se torna em falta de padrão organizacional do time e destempero em momentos críticos. No Flamengo os lamúrios de torcedore e jogadores da época de Botafogo, foram trocados por atletas mais maduros e uma torcida que comparece sem medo de perder, apesar de inegáveis traumas recentes (Santo André, América do México, Nacional do Uruguai). Cuca com o título, largou o ranço de melancolia e encontrou confiança.
Enfim, eles estão em casa, compeltando e sendo completados pelas características de cada clube.
Um abraço, até a próxima e comentem este humilde blog!
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