O cinema nacional ressurgiu a tempos, disso não se tem dúvida. Do meio pro final da década de noventa, veio um novo sopro criativo da sétima arte brazuca. Os carros chefes foram O Quatrilho e Central do Brasil. Estes foram até indicados para o Oscar, embora como disse o Rike, isso não significa muita coisa.
Desde então, filmes de boa qualidade foram feitos e com excelentes atuações dos atores. Porém houve um divisor de águas no início dos anos 2000. Um clássico chamado Cidade de Deus, apareceu nas telonas e de certo modo tirou os espectadores do estado normal diante dos assuntos abordados no filme. Fernando Meirelles (Diretor) teve a coragem de abordar temas como violência, drogas, favela, marginalização infantil, numa formatação direta e crua, sem dramalhões. Em termos de crítica e bilheteria foi um sucesso unânime, não sendo estes burros.
Diante deste sucesso arrebatador, vejo que o cinema nacional criou uma corrente, talvez um pouco oportunista, de se voltar a temática das favelas cariocas passando por violência urbana, drogas e marginalização. A lista de filmes que se enquadram neste esteriótipo é relevante: "Tropa de Elite", 'Meu Nome Não é Johnny', "Cidade dos Homens", "Era uma Vez" e o novo rebento "Ônibus 174".
O que me parece é que o "povo da elite cultural" do exio Copacabana-Leblon, descobriu que há poesia e arte na "caixa baixa".
Acredito que o caminho não é esse. Podemos variar nossa possibilidade de dramaturgia sem trazer formatos que já deram certo ou modelos televisivos. Até a violência de nossa realidade pode ser retratada de novos ângulos como em " O Homem do Ano". Este filme é pouco falado, mas que pra mim ao lado de "Cidade de Deus" é o melhor filme nesta temática, que conta com a sensacional atuação de Murilo Benício.
Criar, diversificar e apostar!
Até a Próxima......
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