Feeling

Não sei como, mas através do ar me encho das coisas da vida. Elas me adentram como pólem, circulam pelo meu corpo para se depositar lá onde se faz sentir: o coração. Por vezes ele explode, noutras murcha. E assim é, por todos os anos.

Cuirioso como as sensações nos invadem através dos instintos e não somente pelos sentidos. Sou animal (não desdenhe, você também é) como tantos outros, mas faço questão de esquecer disso por vezes. Não devia! Em quantos momentos sente-se, sem saber como. Não há toque, não há diálogo, não há olhar, não há conhecer. É o tal do "felling" tão bem transcrito na língua inglesa. Isso se repete em lugares, pessoas, passeios. Sabemos quando conhecer um lugar vai ser um martírio, quando um programa vai ser puro prazer e quando sem o menor contato, prezume-se que aquela pessoa é uma ótima companhia. Lógico que erramos. Ímpetos naturais, introspectivos estão longe de serem exatos. Ainda bem! Mesmo assim, acho que devemos recordar mais das origens humanas pré homo-sapiens onde se valia da percepção abstrata para viver.

Hoje parece que temos que provar, ver, tocar para evidenciar algo.

Se arriscar em valorizar a intuição pode ser bom. Vamos? Mas será?

Afinal, se errar, opa que surpresa!

Um abraço, uma música: Maria Rita - Num Corpo Só.

Sem mais, pro favor!