Hoje estou esse, já tendo sido muitos e não vendo à frente possibilidades de me tornar vários. Na projeção do tempo, serei o mesmo repetido de agora. Saudades do sortido antes.
Pensamentos acumulados e nascentes se amontoam em minha mente. Mesmo imateriais não ocupam unamente o espaço e por puro excesso muitos indevidamente me escapam pela boca. Saem e nada acrescentam à vida alheia. Imagine à minha.... Pena eu não conseguir ingnorar como outros os fazem a eles.
Diante de tantos fatos já passados, mesmo assim, ainda tropeço irritantemente nos contornos diários. Deve haver um prazer em errar. Ao menos, sem dúvida, eles me inspiram. Expiram-me agora não só pela boca, pelos dedos meus também a escrever. Não consigo abstrair do acúmulo.
Convivência caótica dentro de mim. Tal catarse, ideal seria existir dois, mas, eu só em mim, já basta para o intenso conflito.
Palavras afáveis para acalentar-me, não me diga!
Aproxime-se e já me basta. A veemência da presença é o que me encanta, mesmo que mensuráveis apenas pelo subjetivo calor que provoca. Palavras doces, como crer?. Guarde-as para quando eu estiver inebriado pelo bom humor que finjo ter. Ele me engana por vezes. A ti também? Sim? Isso me fez bem agora, acredite.
De se aproximar, mesmo que por vistas grossas nestas linhas, já me aqueceu.
O excesso foi evadido. Cabeça leve e a mente jamais sã.
A intensidade que me falta nos outros, sobra em mim e por aqui foi dissipada.
Dormir é o que vem subitamente e minha cadelinha me late "Amém"!
Sem mais.
(Baseado no cd Bogary da banda Cascadura)
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