Ando brigado com o mundo. "E daí?", deve pensar o leitor. Verdade, mas você há de concordar que em determinados momentos da vida, qualquer um pode brigar com ela. Na minha visão, neste aspecto, vida e mundo são sinônimos. Mas enfim, nossa paciência encurta, fatos nos atrapalham ( quando estava nesta frase, a luz caiu aqui em casa. Isto dentre outros fatos inconvenientes) e o humor fica bem crítico. Ando vendo pessoas correndo no trânsito pra competir quem tem mais pressa, e quem usa mais o carro como prevalência da virilidade. Vejo crises financeiras que só mudam de termos mas que sempre estão aí, seja como inflação, seja como alta do dólar, ou alta dos juros ou queda das bolsas. Os economistas bravam nas explicações, mas quem entende? E com isto mais assalariados caindo como desempregados. Desacredito no esperança do mundo melhor. Onde? Me dê provas. Nem o futebol, salva. Início de temporada, todos jogam mal, dão as mesmas explicações, igualzinho a 2008, 2007,2006.... Vejo também como tem pessoas preguiçosas, que demoram a entender situações, anos na mesma visão bitolada, uma inércia estagnante de raciocínio e produção. Isto já pode ser minha paciência encurtada, eu sei. Também não me venha com o papo de sofrimento do mais necessitado, que a dor dele é tanta que a minha não faz sentido. Somo a dor dele aos meus questionamentos. Mas de que adianta? Lutamos com o mundo, mas sempre perdemos. Ele vai continuar girando e eu aqui tentando pará-lo para eu descer. Esforço em vão. Me resta resistir conciso, e me poupar o esforço de tentar ganhar a briga. Desta forma. ao invés esbravejar no trânsito, cuide de sí, pois cuidará assim de muitos. Na crise, poupe seus ouvidos dos economistas, use seu dinheiro com calma e verá que sabes mais do que eles. No futebol de início de temporada, prefira a pelada dos meninos da sua rua, pelo menos ali há uma molecagem que colorirá os olhos. Diante dos humanos morosos, não fale, não esbravege tentando acordá-los da sonolência. Apenas engula os empropérios que teria vontade de dizer, e os soltes através de riffs de rock and roll batendo em seus ouvidos. Na dor do próximo, ajude e não vire o rosto. Acrescente, que nunca nestas fases leia Nietzche, ou Maquiavel. Prefira Millor, Veríssimo e Jabor. Te garanto que eles são tão profundos quanto os anteriores, porém com um sopro de ânimo. É assim, na adolescência quando ficamos de mal com a vida, brigamos com os amigos, família, fechamos a face, acreditando que seríamos um tipo de Mel Gibson no "Máquina Mortífera". Sem casa, sem lei e só. Mas quase chegando aos 30, seria patético. Logo, é melhor conviver com ironias e conflitos de nossa mente do que perder tempo tentando bater no mais forte. Se renda e talvez desabafe em um blog.
Hoje é sem abraço.
Apenas um aperto de mão e até a próxima!
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